terça-feira, 5 de outubro de 2010

Vamos separar o trigo do joio!

A partir de agora estaremos abertos a publicar aqui testemunhos de pessoas que se sentiram lesadas dentro de um qualquer terreiro de Umbanda ou Candomblé,para desta forma começarmos a separar as águas e criar assim uma só corrente onde possa respirar a fé e a humildade, sempre com um grande amor no coração, seja por que religião fôr. Aguardamos ansiosos vossos testemunhos e certamente a vossa indignação!

domingo, 4 de abril de 2010

GIRAS DE EXU

Os compadres. Assim são carinhosamente chamados.Talvez por sua semelhança com nós, os encarnados, estas entidades transmitam uma imagem de companheiros, de amigos dos mais chegados.Os Exus nas Giras de Umbanda apreciam uma boa bebida, um bom fumo, e uma conversa regada a boas gargalhadas. Se deliciam com uma penosa (frango assado) e uma boa farofa no dendê.Conversam com seus consulentes com igualdade, são atualizados, pois nos acompanham lado-a-lado. Por esse motivo têm a facilidade de resolver os assuntos "urgentes", coisas que necessitam de solução imediata.Na umbanda, os Exus trabalham em busca da evolução e da prática do bem, portanto ao contrário dos mitos envolto ao "Diabo" ou "Demônio", os Compadres trabalham para resolver os assuntos imediatos, mas nunca prejudicando alguém.
As Pombas Giras ou moças, também chamadas assim de forma carinhosa por todos nós filhos de Umbanda, geralmente se manifestam na Gira dos Exus, pois são elas as companheiras dos Compadres.Elas adoram dançar, na maioria das vezes usam roupas coloridas, extravagantes, geralmente em tons de vermelho e preto, apreciam um bom cigarro, Champagne (em uma bela taça, lógico), a maioria delas se utilizam de rosas vermelhas em suas magias, são vaidosas, sensuais, e extremamente ligadas ao amor. Ajudam nas situações mal resolvidas do coração, que é factor predominante para se viver bem. Algumas gostam dos mistérios das cartas, outras da leitura das linhas das mãos. Cada uma do seu jeito, mas sempre com a beleza e a sensualidade estampadas em seus trejeitos. Assim são as moças, alegres, belas, e profundas conhecedoras do coração.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Mais uma "gaffe" de Pedro de Ogum

Quando escrevemos algo para supostamente ser lido, temos que ser verdadeiros, temos que saber transmitir o que realmente sentimos e realmente acreditamos, não basta fazer um copy paste, mais conhecido por plágio, só para apresentar uma coisa bonita se nada faz sentido. Ora, no blog do auto nomeado Pedro de Ogum, foi por ele publicada uma mensagem sobre a paciência, que quanto a mim é uma virtude. Pois é, mas para aquele senhor não é, poderia até ser a sua única virtude, mas não, nem essa tem, temos pena! Na vida espiritual e na vida terrena há que saber esperar, ser paciente, não expludir por coisas de nada, há que saber respirar, contar até dez e agir com racionalidade, isto no geral dos mortais e em particular nos sacerdotes que são a "cabeça", o exemplo, de seus seguidores, ou no caso da Umbanda, dos seus filhos. que exemplo pode um filho tirar de alguém que é aldrabão porque não tem paciencia para resolver as coisas através de tramites mais ou menos legais, de alguém que não tem paciencia para ouvir os problemas dos filhos e ao invés de os ajudar dá uma resposta linda e já famosa, sendo ela "caga nisso", de alguém que ao invés de resolver problemas técnicos do seu terreiro, porque não tem paciencia para isso e é muito mais divertido dar à lingua e fumar um cigarrito, deixa o trabalho entregue aos filhos que o fazem à sua maneira, o melhor que sabem e podem e depois são chamados de filhos da puta. Resumindo: mas quem é este gajo para falar de paciencia, decencia, ou qualquer outra coisa acabada em encia? Se alguém souber responda-me, pois a minha inteligencia não chega lá!

sábado, 13 de março de 2010

Pontos de Exú

Exú é moço branco e é faceiro no andar
Exú é moço branco e é faceiro no andar
Quem não paga p'ra Exú
Exú dá e torna a tirar
Quem não paga p'ra Exú
Exú dá e torna a tirar

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Soltei um pombo lá na mata
E na pedreira não pousou
Foi pousar na encruzilhada
Cangaruçu foi quem mandou

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Odara morador da encruzilhada
Firma seu ponto com sete facas cruzadas, odara
Odara morador da encruzilhada
Firma seu ponto com sete facas cruzadas
Filho de Umbanda pede com fé
P'ra seu Sete Encruzilhadas
Que ele dá o que você quer

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Soltaram o bode preto meia noite na calunga
Soltaram o bode preto meia noite na calunga
Ele correu os quatro cantos
Foi parar lá na porteira
Bebeu marafo com Tata Caveira

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Deu meia noite a lua se escondeu
Lá na encruzilhada dando a sua gargalhada Tranca Rua apareceu
Ê Laroiê ê laroiê ê laroiê
Ê Mojubá ê mojubá ê mojubá
Ele é Odara dando a sua gargalhada
Quem tem fé em Tranca Rua é só pedir que ele dá

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Seu Tranca Rua me cubra com sua capa
Que com sua capa escapa que com sua capa escapa
A minha capa ela é feita de verdade
Ela cobre todo o mundo
Só não cobre a falsidade.

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Boa noite lua cheia
Lua nova do meu lado
Tranca Rua quem chegou
Vai comandar o seu reinado

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Na 7 encruzilhada tem um rei que mora lá
Seu Tranca Rua me deu boa noite
Já começou a trabalhar

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A sua casa não tem parede não tem janela e não tem nada
Aonde é aonde é que Exú mora?
Exú mora na encruzilhada

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Seu Tranca Rua morador da encruzilhada
Toma conta e presta conta no romper da madrugada

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Deu meia noite na terra e no mar
Deu no mato na calunga em todo o lugar
Deu meia noite na terra e no mar
Deu no mato na calunga
Em todo o lugar
Seu Meia Noite não tem hora p'ra chegar
Quando chega a meia noite chega em qualquer lugar

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Girou girou girou Exú Gira Mundo
Girou girou
Pomba Gira que vence demanada rainha da encruza
Saravá Umbanda

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Como é triste agente amar alguém
E esse alguém não amar ninguém
Eu adoro o sol eu adoro a lua
Na encruzilhada eu adoro o Tranca Rua

Orixá Exú

Dia da semana: Segunda-feira e Sexta-feiraSaudação: Laroiê Exu - Coba Laroiê.Cores: Preto, vermelho.Símbolos: Tridente, ogó, cabaças pequenas e o pênis.Onde recebe oferendas: Nas encruzilhadas, nas estradas, nos cemitérios, etc.Principais oferendas: Velas, charutos, galinhas, carne, marafo, farofa, cebola roxa, óleo de dende.Bebida: Marafo (Aguardente) e água.Elemento: TerraAlgumas ervas: Pinhão Roxo, Arruda, Eucalipto, Salgueiro, Jurubeba, etc.Animais: Bode, cabra, galinha da angola.Comida: Carne vermelha com muito azeite de dendê, alho, cebola roxa e farofa amarela.Domínio: As encruzilhadas e estradas.Particularidade: Combate as magias negras, imprimi respeito, trabalha com a quebra de demandas e é o grande guardião das estradas e encruzilhadas.Características: Perverso, astuto, leal, vaidoso, ambicioso, etc.ALGUNS ITÃSExu vivia no mundo, vagando de lugar em lugar até que foi para casa de Oxalá e por lá ficou durante 16 anos, observando e aprendendo como se faziam os seres humanos. Todos os outros Orixás também iam à casa de Oxalá, mas lá ficavam apenas por dias, talvez semanas. Exu não. Exu por lá viveu 16 anos e aprendeu tudo com Oxalá. Por sua lealdade e confiança, Oxalá fez a casa de Exu na encruzilhada e como estava muito ocupado fazendo os seres humanos, ordenou que todos os outros Orixás apenas falaria com ele através de Exu e que todos antes de trazerem as oferendas a Ele também deveria fazer a oferenda a Exu. Assim foi feito. Todos que vinham até a casa de Oxalá tinham que "pagar" a oferenda a Exu, e todos que voltavam da casa de Oxalá também tinham que "pagar" Exu. Exu se tornou rico. Exu se tornou o mensageiro. Exu se tornou o dono da encruzilhada.Uma mulher que vendia suas coisas no mercado era a mais respeitada, a que mais vendia. Tinha sucesso em cima de sucesso. Mas se esqueceu de Exu, aquele que a ela tudo deu. Todo sucesso dela tinha sido Exu que tinha provido. Exu foi esquecido.Em um dia qualquer no mercado vem até ela a notícia que sua casa estava em chamas, ela correu até sua casa e chegando lá não restava nada, apenas cinzas. Retornou ao mercado e quando chegou suas coisas haviam sido roubadas. Ela perdeu tudo. Todos agora riam da desgraça dela. Ela já não era mais reverenciada. Ela estava acabada. Exu estava vingado.

terça-feira, 9 de março de 2010

Mentiras na Umbanda

Eis uma entrada muito interessante pelo, auto-denominado, Pai Pedro de Ogum, no seu blog:

Segunda-feira, 8 de Março de 2010
Comentário de uma Filha do Templo Sagrado de Umbanda
O Templo Sagrado de Umbanda é um Templo de grande responsabilidade Espiritual e principalmente para com os seus filhos, por isso achei muito interessante este comentário que foi feito entre duas filhas do TSU, na REUCA, falando sobre a responsabilidade de ser filho deste Terreiro:
"....Você tem uma grande responsabilidade, pois lhe foi dado o manancial suficiente para que possa ser o esteio de elevação moral e espiritual de muita gente. Portanto, para que possa usá-lo, é necessário certo cuidado íntimo, pois um espelho difuso e ofuscado não reflete uma boa imagem e a sua tem de ser compreensão, paciência, renúncia e muito amor.Nós, espíritos encarnados e desencarnados, que militamos nessa corrente valiosa, temos interligações no plano astral e temos de difundí-las aqui na Terra, pois nessa nossa missão foi-nos confiada pelo Pai Oxalá e somos nós que temos o dever de abarcar toda essa gente perdida de uma orientação mais profunda e sensata.Você, médium, tem de procurar ser o exemplo vivo das lições dadas pelo Pai!
De nada adianta o médium querer galgar degraus de conhecimentos mágicos, sem que antes saiba coordenar seus desejos para tal. Fica claro que antes de qualquer iniciativa nesse sentido, é necessário uma vigília constante nas suas ações morais, que se demonstra como exemplo que lhe seguem. O médium umbandista é um potencial por si só, mas que faça jus por sê-lo e militar nessa corrente onde as falanges que a formam têm conhecimento profundo da vida, mas não abre mão do conhecimento maior, que é o amor ao Pai Oxalá.Médium Umbandista, você tem a obrigação de aprimorar todos os dias esses conhecimentos, pois ele é o seu maior aliado na grande missão que tem a cumprir!(cabocla)Ao Médium...E a mim para que nunca me esqueça o quão importante é ser-se um bom médium... que Zambi me ensine o caminho certo que tenho a percorrer e que nao me faça cair...e se o fizer, que o faça para me ensinar, mas que a minha força e coragem, me façam sempre levantar e encontrar o caminho certo e correcto..."Médium Filipa de Oxum

Como é possivel, falar da Umbanda, com uma mentira, ou mais, por parágrafo?O Templo Sagrado de Umbanda para começar é tudo menos sagrado. Em chão sagrado respeita-se as entidades, respeita-se as pessoas, respeita-se o livre arbitrio, algo tão importante que até Deus nos deu. Em chão sagrado não existem reis, nem ditadores, nem mentirosos. O Templo Sagrado de Umbanda não tem qualquer responsabilidade espiritual e muito menos para com os seus filhos, que dão ali o seu suor e lágrimas por amor à Umbanda e num estalar de dedos passam de bestiais a bestas. Em chão sagrado olha-se para a espiritualidade com humildade, não se trocam deveres espirituais nem morais por valores monetários. Em chão sagrado existe um zelador que olha pelos seus filhos, que tem como missão ajudá-los nas dificuldades, e não dificultar-lhes mais a vida. Em chão sagrado existe tudo o que não existe no Templo Sagrado de Umbanda, nome este que apenas degride e agride a nossa querida religião.
Pegando nas palavras da filha do terreiro, concordo plenamente quando diz "De nada adianta o médium querer galgar degraus de conhecimentos mágicos, sem que antes saiba coordenar seus desejos para tal. Fica claro que antes de qualquer iniciativa nesse sentido, é necessário uma vigília constante nas suas ações morais, que se demonstra como exemplo que lhe seguem. O médium umbandista é um potencial por si só, mas que faça jus por sê-lo e militar nessa corrente onde as falanges que a formam têm conhecimento profundo da vida, mas não abre mão do conhecimento maior, que é o amor ao Pai Oxalá." Antes de escrever este texto, que tenho para mim que seja plágiado, deveria primeiro olhar para as suas acções morais, flagelar-se, pedir perdão e só depois dar lições destas ou de outras.
Não basta ter uns paramentos bonitinhos, saber uns pontos e ter ou querer mostrar umas entidades bonitas, há que ter amor no coração, humildade e discernimento para saber separar o trigo do joio. Não admira as palavras da filha, que nada têm a ver com as suas acções, pois os filhos são o reflexo do pai que têm.

quarta-feira, 3 de março de 2010

As sete lágrimas do Preto Velho

Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, fumando o seu cachimbo um triste Preto Velho chorava. De seus olhos molhados, esquisitas lágrimas desciam-lhe pela face e... Foram sete.
A Primeira... A estes indiferentes que vem no Terreiro em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber;
A Segunda... A esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam;
A Terceira... Aos maus, aqueles que somente procuram a umbanda em busca de vingança, desejando sempre prejudicar ao semelhante;
A Quarta... Aos frios e calculistas, que sabem que existe uma força espiritual e procuram beneficiar-se dela de qualquer forma, e não conhecem a palavra gratidão;
A Quinta... Chega suave, tem o sorriso, o elogio da flor dos lábios, mas se olharem bem seu semblantes verão escrito: creio na Umbanda, nos teus Caboclos e no teu Zambi, mas somente se resolverem o meu caso ou me curarem disto ou daquilo;
A Sexta... Aos fúteis, que vão de centro em centro, não acreditando em nada, buscam aconchego, conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente;
A Sétima... Como foi grande e como deslizou pesada! Foi à última lágrima, aquela que vive nos olhos de todos os Orixás. Aos médiuns vaidosos (as), que só aparecem no Centro em dia de festa e faltam as doutrinas. Esquecem que existem tantos irmãos precisando de caridade e tantas criancinhas precisando de amparo material e espiritual.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Esmiuçando o verbo TRAIR

Traição - acto de trair.
Uma palavra que infelizmente ecôa desde os tempos primordiais, pois o ser humano faz uso do seu significado ao longo da sua história, e mantém bem viva a sua chama até aos dias de hoje.
Talvez seja a traição de Judas, a mais popularizada e comentada, mas ouve muitas mais, e talvez mais importantes ao longo dos séculos.

Existem várias formas de interpretar a traição, e será sempre muito subjectiva a sua interpretação, devido á complexidade do seu campo de acção.
De qualquer forma, e de uma maneira ou de outra, o traidor carrega sempre uma aura de covardia, pois se traiu, não teve coragem de enfrentar determinadas situações, inclusivé a própria pessoa ou grupo de pessoas que traiu.

E desde o filho que trai o pai, o irmão que trai o irmão, o marido que trai a esposa, o amigo que trai o amigo, o soldado que trai a pátria, e outras formas mais, será sempre cometida uma injustiça. Pois mesmo que aquele que trai, sinta de alguma forma que tem razão para tal, não será nunca um acto de justiça, mas sim do contrário.

A nivel espiritual, entende-se que o acto de trair, gera um cárma negativo envolvendo ambas as partes, e embora supondo que essa traição já fosse um cárma por si só, acumulado de outras encarnações, a traição não será nunca a forma mais indicada para o resgatar, pois o que vai criar são sentimentos negativos de tristeza, revolta, angustia e outros mais, na pessoa ou pessoas traidas, além do peso na consciência do traidor, que embora o deseje nunca o vai abandonar, assim como também, sentimentos de covardia, vergonha, medo, e injustiça. Portanto, mais cárma negativo acumulado na balança do traidor. Cárma esse, que será mais pesado consoante o tipo de gravidade da traição cometida.

No fundo, há que ter compaixão e pedir clemência ao Criador por estas pessoas ( embora não seja fácil, especialmente para quem foi traido e injustiçado), pois o traidor na verdade ao trair alguém, está-se a trair a si próprio. E não vai ficar nunca, impune ás leis divinas, especialmente áquela que rege a justiça.
Lisboa, 13 de Fevereiro de 2010 © Paulo Lourenço “Ramiro de Kali

Este texto foi publicado na Reuca, não sei se por encomenda ou se por própria iniciativa do autor, que por sinal como poeta é excelente. No entanto, tenham ou não encomendado o sermão, não posso deixar de ler as entrelinhas deste texto, a meu ver triste e despropositado.
Vamos então esmiuçar...comecemos pelo significado da palavra traição, que como muito bem diz é o acto de trair. Mas o que é afinal o acto de trair? Segundo o dicionário enciclopédico Koogan Larousse trair significa: enganar perfidamente, atraiçoar: trair um amigo; faltar ao cumprimento de: trair seus juramentos; revelar: trair um segredo; deformar, não traduzir com fidelidade: trair o pensamento de alguém; não ajudar, abandonar.
"Ramiro de Kali" fala do filho que trai o pai, então e o pai que trai o filho? o pai que atraiçoa, o pai que falta às suas obrigações para com os seus filhos, descurando o seu bem estar com um simples deixa andar deixando-os assim abandonados à sua sorte, o pai que trai a sua própria missão a que se propôs na terra, olhando apenas para os bens materiais, esquecendo-se que a sua missão é espiritual, e que de si, do seu exemplo, muitos são aqueles que dependem. Um pai que quando não consegue aquilo que quer, não interessa que meios usa para chegar aos seus fins, usa de actos muito pouco apropriados, em vez de uma vez na vida deixar de lhar para o seu umbigo e olhar ao seu redor e usar a inteligência para tentar compreender o que se passa com os seus filhos.
A este texto de "Ramiro de Kali", houve um comentário, cuja resposta é no minimo curiosa:

Minha querida irmã, e amiga, não tenho muitas palavras para responder ao teu comentário, só tenho que te agradecer pela tua sinceridade, e amizade. Quando tive o meu tempo de militar havia um lema na grande instituição aonde pertenci que dizia assim: " No mar e na terra, na paz e na guerra! ". E hoje tudo faz sentido, os verdadeiros amigos e irmão não quebram nunca a corrente existente, seja no tempo bom e nas coisas boas da vida, seja nas tempestades e dificuldades.

Pois sim, tudo faz sentido, mas ao contrário. Os amigos e os irmãos nunca quebram uma corrente, a não ser quando esses filhos se sentem abandonados, quando sentem que a espiritualidade está vários degraus abaixo do material, quando sentem que aquele chão não é digno para o trabalho de caridade e humildade que as suas entidades querem desenvolver.
Um filho nunca quebra uma corrente. A traição de um pai é pode enfraquecê-la.
E subscrevo, há que ter compaixão e pedir clemência ao Criador de pais que traem os filhos, e continuo a concordar, não é fácil para quem foi traido.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

REUCA - REDE EUROPEIA DE UMBANDA E CULTOS AFRO

" A REUCA é a primeira Rede Europeia de Umbanda e Cultos Afro, e tem como propósito unir os Umbandistas e Candomblecistas a mudar a imagem que a sociedade possui deste tipo de Religião.

Infelizmente é sempre muito dificil conseguir uma verdadeira união para um Propósito de se mostrar sériamente o que é a Umbanda e os Cultos Afro.

Se você é Dirigente Espiritual de algum Templo, Terreiro, Ilé, faça o seu cadastro e divulgue a REUCA entre seus Filhos, para que possamos começar a dar os primeiros passos para a Dignificação da Umbanda e dos Cultos Afro em Portugal e na Europa.

A REUCA não tem Presidente, chefe ou algum comando central, e não aceita qualquer tipo de estrutura hierárquica autoritária; toda a força de rede está justamente na liberdade dos vários núcleos existentes. MENTIRA!!!!

Todos os núcleos possuem a mesma autoridade e o mesmo valor, trabalhando em conjunto.
A força da Rede Europeia e Umbanda e Cultos Afro é a ação conjunta dos Umbandistas e dos Candoblecistas. OUTRA MENTIRA!!!

Se você entende que a Umbanda não comporta uma única doutrina!

Se você concorda que a Umbanda possui uma grande variedade de rituais e que estes rituais devem ser respeitados, sem nenhuma interferência externa!MAIS UMA MENTIRA!!!

Se você sente que precisamos unir as nossas forças, para fazermos nos respeitar como Europeus e Umbandistas!

Se você é Dirigente, Praticante ou simpatizante da Umbanda!

Venha ser mais um voluntário, junte-se a nós."



ESTOU INDIGNADO/A!!!


UM SITE QUE APELA Á LIBERDADE E UNIÃO DE UMBANDISTAS E CANDOMBLECISTAS, TEM COMO DIRIGENTE ALGUÉM QUE SE ACHA MAIS IMPORTANTE QUE OS OUTROS, MAS ASSIM ACABOU POR DEMONSTRAR O SEU VERDADEIRO CARACTER QUE ESTÁ POR DETRAS DA SUA MASCARA....

OU SEJA... NUM MUNDO DE FALSA DEMOCRACIA, SIMPLESMENTE SE SUSPENDE UM ASSINANTE DA REUCA, PORQUÊ.... ENFIM... O PORQUÊ NINGUÉM SABE... COMO PROVA DO QUE DIGO, DEIXO-VOS AQUI O RECORTE DO SITE...

P.S. Qualquer dúvida entre em contacto com o Administrador da REUCA, quem será????


terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

UMBANDA - AS LINHAS DE UMBANDA




1ª. LINHA: OGUM

Ogum domina a primeira Linha de Umbanda, que controla todos os fatos de execução e cobrança do carma de cada indivíduo ou grupo, daí serem soldados.

1. Falange de Ogum Beira-Mar
Colaboradores de Iemanjá, Ogum Beira-Mar trabalha sobre a areia molhada, enquanto Ogum Sete-Ondas trabalha sobre as ondas.
Aceitam oferendas com velas nas cores branca, verde, vermelha e azul-clara.

2. Falange de Ogum Rompe-Mato
Ogum Rompe-Mato trabalha para Oxóssi (Ode) e Ossãe, nas matas.
Ogum das Pedreiras trabalha para Xangô, nas pedreiras. Em ambos os casos, é a mesma falange que trabalha para os dois Orixás, com nomes diferentes. Rompe-Mato aceita suas oferendas na entrada da mata, nas cores verde, vermelha e branca, sendo a vela vermelha. Ogum das Pedreiras aceita suas oferendas em torno das pedreiras, nas cores verde e vermelha (misturadas geram o marrom), com velas nas mesmas cores.

3. Falange de Ogum Megê
É colaborador de Iansã; seu nome significa “Sete”. É o guardião dos cemitérios, rondando suas calçadas, lidando diretamente com a Linha das Almas. Toda sua oferenda será em vermelho e branco, próxima ao cruzeiro do cemitério (calunga pequena).

4. Falange de Ogum Naruê

Seu nome significa “Aquele que é o primeiro a gerar valor”.
Trabalhando diretamente na Linha das Almas, desmanchando a magia negra, controla as almas quibandeiras. Aceita suas oferendas com Ogum Megê ou, ainda, dentro ou fora dos cemitérios, nas cores branca e vermelha. Alguns incluem uma pedra-ímã nos itens a oferecer-lhe.

5. Falange de Ogum Matinata
Com poucos médiuns que o incorporam, sua falange protege os campos de Oxalá, os locais abertos, floridos e iluminados. Mas não trabalha directamente para esse Orixá. Aceita suas oferendas nos campos floridos, nas cores vermelha e branca.

6. Falange de Ogum Iara
Seu nome significa “Senhor”, trabalhando para Oxum. Suas oferendas deverão ser entregues na beira de rios, lagos ou cachoeiras, onde vibram, nas cores vermelha e branca ou verde e branca.

7. Falange de Ogum Delê (ou de Lei)
“Aquele que Toca o Solo”; como seu nome significa, é uma falange que vibra na linha pura de Ogum. São eles que trabalham diretamente no carma e sua cobrança, rondando o mundo. Suas cores são vermelha e branca e suas oferendas podem ser em qualquer lugar, ao ar livre.
Oferendas: todas as falanges citadas recebem velas nas cores indicadas, cravos vermelhos (alguns aceitam cravo branco também), cerveja branca, ou, menos comum, vinhos, charutos e fósforos, sobre um pano branco.
Ervas: as mais comuns são espada-de-são-jorge, losna, jurubeba, comigo-ninguém-pode, romã.

2ª. LINHA: XANGÔ

1. Falange de Xangô Caô
Dominam a sabedoria adquirida com o tempo, atuando nas pedreiras abertas. Sua cor é o marrom-escuro. É conhecido também como Xangô Velho.

2. Falange de Xangô Alafim (ou Alafim-Echê)
Seu nome vem do título dado ao rei de Oyó, na África. Defendem a pureza moral, atuando nas pedras solitárias dos caminhos. Suas cores são marrom e branca.

3. Falange de Xangô Alufã
O Xangô “Sacerdote”, determina as diretrizes dos desencarnados, atuando nas pedras dos rios, mares, cachoeiras e todas as águas, daí ser o protetor dos pescadores. Suas velas são o marrom e o branco.

4. Falange de Xangô Agodô
Seu nome significa “Grandeza”, atuando nas pedras mergulhadas nas águas de toda a espécie, inclusive nas “pedras iniciáticas e na pedra batismal”.

5. Falange de Xangô Abomi (ou Abomim)
“Aquele que derrama água de uma vasilha” ou “Aquele que Batiza”, muitas vezes é sincretizado com São João Batista, talvez devido ao seu nome. Trabalha nas montanhas, nas cordilheiras, protegendo nos momentos de angústia, nas horas de aflições e perdas, inclusive no casamento. Sua cor é o marrom e, nos casos de amor, oferece-se junto uma vela para Iemanjá.

6. Falange de Xangô Aganjú
É um Xangô jovem, vibrando nas linhas de Xangô e Oxum, trabalhando nas pedras da cachoeira. Traz harmonia entre as forças de amor e justiça. Suas cores são o branco e o marrom.

7. Falange de Xangô Djacutá
Seu nome significa “pedra”, dominando a força de Xangô no meteorito e nos raios, sendo muito invocado nas injustiças que conduzem a aflições, defendendo as vítimas desses abusos.
Suas cores são o branco e o marrom.
Oferendas: Além das já citadas anteriormente, dedicadas ao Orixá, basicamente consistem de velas, nas cores indicadas, charutos, fósforos, cerveja preta, rosas ou lírios brancos.
Ervas: folhas de eucalipto, manga, goiaba, camaná, alecrim e limão.

3ª. LINHA: OXÓSSI

Toda a parte doutrinária e evangélica, com fins de trazer fé às almas desgarradas no mal, interferindo nos males psíquicos e físicos, pertencem a essa falange. Daí, por trazer as almas ao caminho do bem, Oxóssi é chamado de caçador de almas. Rege também a disciplina e obediência.

1. Falange dos Caboclos Peles-Vermelhas
Excelentes doutrinadores, com grande sabedoria, pertencem a antigas civilizações indígenas (maias, astecas, incas, etc).
Falam estranhos “dialetos” quando “descem”. Nessa falange, entre os itens básicos que citaremos adiante, entram incenso queimado, folhas de alecrim e alfazema frescas.

2. Falange do Caboclo Araribóia
Como Oxóssi é caçador, é ele que coordena, na vida material, o trabalho, com o objetivo de trazer recursos à mesa. Por isso, essa falange se dedica a proteger aos injustiçados no seu direito de sustento e sobrevivência de suas famílias, vibrando nas matas das montanhas. Gostam de flores variadas.

3. Falange da Cabocla Jurema
Formada por entidades meigas, amorosas, traz os recursos da Natureza e os transformam em energias vitais próprias a serem utilizadas em purificação de locais, pessoas e na medicina espiritual, aos serviços de Oxóssi e Ossãe. Gostam de muito mel nas oferendas, fitas coloridas, menos o preto.

4. Falange dos Caboclos Guaranis

São guerreiros. Defendem as matas, junto a Ogum Rompe-Mato. Onde os guaranis estão, impõe a paz, daí serem chamados de “Falange da Paz”. Nunca recebem mel em suas oferendas.

5. Falange dos Caboclos Tamoios
Humildes e pacientes, são eles os conhecidos “domadores de feiticeiros” ou “bumba na calunga”, vencendo a feitiçaria.
Trazem as almas ao bem, daí serem os “caçadores de almas”, na atribuição legítima das falanges de Oxóssi. A ela pertencem Muiraquitã e Grajaúna. Apreciam folhas de arruda em suas oferendas, guiné, rosas de qualquer cor e muito mel.

6. Falange dos Caboclos Tupis
São os conhecidos Tatauys, conhecidos por serem muito ágeis, bons caçadores, muito brincalhões. Apreciam sucos de frutas, mel e rosas de qualquer cor.

7. Falange do Caboclo Urubatã
São os mais velhos, sábios e conhecedores da mata. Há poucos médiuns que os incorporam. Trabalham nas colinas floridas, pois se ligam à vibração de Oxalá. Nas suas oferendas vão muito mel e flores brancas. Sua vela inclui a cor branca, sendo a única falange que recebe outra cor, além do verde.

4ª LINHA: IEMANJÁ

Nessa falange, na Umbanda, trabalham todas as Iabás (Senhoras dos Rios), agrupadas com os nomes de janaínas, caboclas ou sereias. Sua missão é trabalhar diretamente com a força emotiva por meio dos sentimentos de maternidade, misericórdia e amor.

1. Falange da Sereia do Mar
Entidades que assumem formas encantadas, residindo em todo o elemento água. Possuem total domínio sobre as energias desse meio. Aceitam as tradicionais oferendas a Iemanjá, entregues para serem levadas ao fundo dos mares, lagos ou rios.

2. Falange da Cabocla Iara
Dominam a força nascida do encontro das águas doces e salgadas, muito ligadas ao Orixá Ogum. É também o nome das entidades chefes da falange conhecidas como Caboclas do Rio. São alegres e juvenis. Sua vela será azul clara e uma verde, vermelha e branca, para Ogum.

3. Falange da Cabocla Nana
A Cabocla Nana Burucum é chefe da falange das Ondinas. Suas entidades trabalham na beira das fontes e trazem uma vibração capaz de proporcionar paz e compreensão nos lares.
Protegem as actividades ligadas ao ensino, como o magistério. Sua vela será clara e lilás, ao Orixá Nana.

4. Falange da Cabocla Iansã
A Cabocla Iansã representa o Orixá com o mesmo nome, junto à Iemanjá. Trabalha sob os fortes temporais e chuvas, forças essas capazes de proporcionar grande resistência nas dificuldades da vida. Aceitam velas azuis-claras e vermelha e branca ao Orixá Iansã. Podendo ser entregues junto às oferendas de Xangô nos bambuzais ou na beira de cachoeiras, longe da queda d’água.

5. Falange da Cabocla Oxum
As energias do amor puro e da luz que irradia sobre as cachoeiras são a matéria-prima para suas atividades, ligadas à Iemanjá. Através de sua falange, os fluidos benfeitores são trazidos através das “águas espirituais”, ou seja, o prana ou fluido cósmico universal. Sua vela será azul-clara e amarela, dedicada ao Orixá Oxum.

6. Falange da Cabocla Indaiá
Sua falange é das Caboclas do Mar, ligadas a Yori, ou seja, a Falange de Cosme e Damião. Absorvem energias de vários elementos e transmutam na energia alegre e vibrante das crianças. Suas velas serão azuis-claras e rosas.

7. Falange da Cabocla ou Sereia Janaína
Estão sob sua guarda a força do amor conjugal e da procriação.
Ligam-se muito ao Orixá Oxalá. Suas velas serão azuis claras e brancas.
Oferendas: basicamente, todas as falanges de Iemanjá aceitam sobre pano branco e azul-claro, fitas azuis, espelhos, pentes, perfumes de seiva de alfazema ou seiva de rosas, flores brancas ou azuis, rosas, lírios, mel, guaranás ou bebidas doces e delicadas. A Falange da Cabocla Iansã recebe cerveja preta como bebida. Observa-se que as cores das velas e algumas observações
variam da bibliografia, com fins de uniformizar com as cores utilizadas na Umbanda, e não no Candomblé.
Ervas: lágrimas-de-nossa-senhora, camomila, espada-de-iansã, folhas de bambu e qualquer planta aquática.

5ª. LINHA: YORI

Yori quer dizer “Vitalidade saindo da luz”. É formada pelas entidades que, por opção, quiseram manter a forma infantil, algumas já em preparo para uma reencarnação próxima. Onde for necessária uma vibração dirigida à alegria, à fraternidade e à comunhão, lá estará a Linha de Yori que, por essa bela qualidade, domina as energias mais sublimes do plano espiritual.
Uma criança brincando, em um trabalho, não é uma atividade infrutífera, como pensam alguns. É uma entidade que sabe perfeitamente o que está fazendo, com o objetivo de descarrego de tudo o que está em volta.

1. Falange de Tupanzinho (Idolu ou Idossu)
São entidades que vibram na Linha de Oxóssi, protegendo os lenhadores e animais. Gostam, nas oferendas, de apetrechos indígenas bem enfeitados, fitas verdes e vela rosa.

2. Falange de Doum
São entidades que nasceram no período do cativeiro como Doum, eram filhos de mãe indígena e pai africano. Auxiliam os tratamentos médicos, protegendo os profissionais da saúde e os enfermos, proporcionando mais integração entre ambos. Cruzam-se com a Linha de Yorimá (dos Pretos-Velhos) e aceitam suas oferendas em jardins e praças.

3. Falange de Alabá
Cruzam-se com Ogum, Oxumarê e Iemanjá. Da vibração dos três Orixás, recebem condição de trabalhar com os militares, dando coragem e piedade aos que usam farda. Suas oferendas são
próximas a cachoeiras, pois as cores do arco-íris atraem muito essa falange.

4. Falange de Dansu
Espalham-se nos dias de tormenta, com fins de proteger adultos e crianças nesses dias, trabalhando também para Xangô. Gostam de fitas marrons e até seixos rolados em suas bandejas, entregues nas pedras de cachoeiras.

5. Falange de Sansu
Legião de entidades que se apresentam como meninas, distribuidoras de ternura, vinda de Deus. Trabalham cruzadas com Iemanjá. Devem ser entregues a elas: conchinhas e estrelas-do-mar, na beira da praia, junto com os outros itens da oferenda.

6. Falange de Damião
Cruzam-se com Cosme e Doum, cuidando das crianças do espaço, ou seja, das entidades recém-desencarnadas ainda crianças, de grande poder de cura. Vibram, de preferência, nas praias e jardins, seu lugar para a entrega de oferendas.

7. Falange de Cosme
São eles que detêm a responsabilidade da guarda das crianças recém-desencarnadas na Linha de Oxalá. Com o qual cruzam.
Alimentam-nas com fluidos delicados, chamados de “mel”, ou, talvez, os fluidos extraídos desse alimento.
Oferendas: Apesar de diferentes, as falanges de Yori incluem, em suas oferendas, muito mel, doces em geral, balas, pirulitos, brinquedos, fitas na cor rosa e nas cores com os quais cada falange se cruza, velas na cor rosa, guaranás, flores brancas e gostam muito de bicos (chupetas) azuis ou rosas, de acordo com a falange ou entidade reverenciada (se meninas ou meninas, ou ambos).
Ervas: folhas de manjericão, amoreira, alfazema, alecrim, trevo.

6ª. LINHA: YORIMÁ

Seu nome significa a lei na aplicação da vitalidade saindo da luz. É a linha do aprendizado a duros custos, da compreensão das aflições, valorizando as lições da vida. É a prática da caridade teórica, da humildade adquirida sob as mais cruéis provações. São aqueles que ensinam que, mesmo mergulhados no erro, ainda há esperanças. São os Pretos-Velhos.

1. Falange do Povo da Costa (Rei Cambinda)
Cruzam-se com Iemanjá e ensinam que, através da resignação das provas, haverá o resgate das dívidas do passado. Consolam e auxiliam os sofredores, com muito amor. Suas oferendas são entregues nas praias.

2. Falange do Povo de Congo (Rei Congo)
Com Yori conseguem a energia pura e infantil dessa falange que, transformada, vence a dor e traz a alegria. Junto a sua oferenda vai uma vela rosa oferecida às crianças.

3. Falange do Povo de Angola (Pai Joaquim)
Libertam os escravos de hoje, presos aos vícios, maldades e erros, despertando-os para a vida, por meio de esclarecimentos ou ritos. Vibram nas matas e sua vela será roxa, a cor mística por excelência.

4. Falange do Povo da Guiné (Pai Guiné)
Possuem o conhecimento das calungas (grande, o mar; pequena, o cemitério), profundos conhecedores da magia e da sabedoria para a cura de todos os males. Recebem suas oferendas no cruzeiro do cemitério ou na beira do mar.

5. Falange do Povo de Moçambique (Pai Jerônimo)
Trabalham na lei do livre-arbítrio (ou da livre escolha), com fins de inspirar a libertação do indivíduo durante sua vida terrena. Vibram na mata, sobre pedras em especial, ou nos lugares abertos nesse local, próprios ao repouso e à oração.

6. Falange do Povo de Luanda (Pai José)
Combatem demandas, fazem cumprir rigorosamente os rituais e trabalham muito na caridade, sendo exigentes, mas muito bondosos. Recebem suas oferendas no cruzeiro de cemitério.

7. Falange de Bengala (Pai Tomé)
Por terem sofrido muito na Terra, compreendem as misérias humanas, trabalham na busca da paz, da fraternidade e estimulam a caridade. Vibram nas colinas abertas e floridas.
Oferendas: cada Preto-Velho tem sua oferenda e gostos. Mas todos recebem cigarros de palha, café, velas brancas e pretas (alguns, roxas), doces tradicionais tipo pés-de-moleque, rapaduras, sagu, farofa com lingüiça picada e comidas típicas do interior e da época em que viveram.
Ervas: arruda, guiné, benjoim, cipreste, folhas de café, alfavaca e vassourinha branca.

7ª. LINHA: OXALÁ

É a fusão de todas as outras. As legiões de Oxalá são a sétima e última falange de todas as Linhas já vistas anteriormente. É responsável pela integração das demais. Coordenadora, sendo a manifestação cósmica do céu, da terra, da luz e da energia, da paz e do amor. Suas falanges são:

1. Falange de Ogum Delê (Ogum)
2. Falange de Xangô Djacutá (Xangô)
3. Falange do Caboclo Urubatã (Oxóssi)
4. Falange da Cabocla Janaína (Iemanjá)
5. Falange de Cosme (Yori)
6. Falange do Povo de Bengala (Yorimá)
7. Falange dos Caboclos de Oxalá
Lembramos que os Caboclos de Oxalá dificilmente incorporam, sendo os responsáveis pela coordenação das demais falanges e da missão que cada guia-chefe assume perante a Umbanda.
Ervas: são o tapete-de-oxalá (boldo), mariô, folhas de limoeiro, manjericão, erva-cidreira, trevo e café.